O vazio continuava a preenche-la. Mil situações, imagens e momentos passavam por sua cabeça naquele instante, enquanto deitada na cama esperava o sono chegar, mas esse insistia em vir lentamente.
Ela sempre achara que o amor não existiria em sua vida, sabia, ou melhor, ouvia dizer que o amor deixava a quem o portava tolo, cego, sem os pés no chão. Como sempre gostou do concreto, do real se acomodou mantendo sempre uma distância confortável, observando aos outros que sentiam a sensação que este sentimento provoca, e se limitava apenas a isso.
Até o conhecer. Até o momento que viu o brilho nos olhos que ofuscou todo o resto, que a fez estremecer até o último póro de seu corpo, sentiu-se dominar por uma onda de sabe-se lá o que. Era louco, sem sentido. O simples fato de estar ao lado dele a fazia se sentir tão completa como nunca antes, seu cheiro a lembrava algo bom que havia se perdido no tempo.
Então ela se entregou. Se entregou ao novo, ao desconhecido, ao que para ela até então era tolice e nunca sentiu-se tão preenchida e feliz. Seu sorriso era algo diferente, seu olhar se transformara e sua maneira de ver o mundo também mudou. O Sol era mais brilhante, o canto dos pássaros era mais bonito, a vida era boa. Estava experimentando a melhor sensação que ela nunca pensou que experimentaria: Ser amada!
Continua...
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